domingo, 5 de dezembro de 2010

O RENASCIMENTO, O DECLÍNIO E A NOVA EXPANSÃO

“As leis da natureza são as leis da saúde, e quem vive de acordo com essas leis nunca adoece. Aquele que obedece a essas leis mantém um equilíbrio em tudo, e assim assegura a verdadeira harmonia; e harmonia é saúde, ao passo que a discórdia é enfermidade.”
            Evangelho Aquariano

            No período histórico conhecido como Renascimento, o uso de óleos essenciais se expandiu para a perfumaria e a cosmética.  Com os novos progressos nas artes da química e destilação, a produção de elixires, bálsamos, águas-de-cheiro, óleos fragrantes e unguentos para uso médico e cuidados com a pele floresceu.  Nicholas Lemery, o médico particular do rei Luis XIV (1638/1715), mais conhecido como “Rei-Sol” e o maior monarca absolutista da França, descreveu vários desses preparados em seu Dictionnaire des Drogues Simples. Alguns sobreviveram até hoje: a água de melissa e a famosa água-de-colônia, que são fabricadas até os dias atuais.

            O advento da ciência moderna, no século XIX, marcou o declínio de todas as formas de terapia vegetal.  Sem negar o valor óbvio de muitas descobertas, como a penicilina (a partir de um bolor que se cria naturalmente no pão), e a aspirina (encontrada na bétula - também um OE); é preciso reconhecer que a visão estreita dos profissionais da medicina moderna levou a alguns abusos. Os microorganismos se adaptam aos antibióticos com muito mais rapidez do que o homem (atualmente com as “super bactérias”), tornando-os ineficazes e perigosos para o organismo humano.  Os corticóides têm efeitos colaterais terríveis; soníferos, antidepressivos e anfetaminas causam dependência. Enfim, os exemplos são muitos, infelizmente...

            No início do século XXI, alguns exploradores se convenceram disso e, munidos de ferramentas científicas, saíram em busca do antigo conhecimento, até então desprezado,   R. M. Gatefosse fundou a aromaterapia, e os seus primeiros seguidores foram o dr. M.Fesneau, o professor Caujolles e o dr. Pellecuer, para citar apenas alguns. A expansão da aromaterapia na Europa começou mesmo em 1964.  Hoje, a aromaterapia é um movimento muito ativo na França e é comumente praticada por médicos. Os óleos essenciais podem ser encontrados em qualquer loja de alimentos naturais e na maioria das farmácias.  O seguro-saúde do governo francês financia suas despesas.

            Fica agora a questão brasileira. Por que um país como o Brasil, repleto das riquezas em suas matas e plantações, com uma população (principalmente indígena ou de difícil acesso aos hospitais e centros de saúde), que sempre foi curada através da fitoterapia (pelos xamãs, pajés, centros holísticos), está sendo massacrada pela mídia?  Por que temos conhecimento que empresas estrangeiras (e também brasileiras) estão sendo punidas (ou não) por biopirataria?  Talvez, se as propriedades dos óleos essenciais não fossem assim tão importantes, nada disso estaria acontecendo.  Mas, essa é a nossa realidade e só peço que prestem atenção às matérias “pagas” nas televisões (vide o programa “Fantástico” da TV Globo, onde o médico oncologista, Dráuzio Varella, teve espaço milionário para apresentar suas posições contra o uso de ervas no tratamento do ser humano).  Realmente, a fitoterapia e a aromaterapia não tem qualquer interesse mercantil no mundo da medicina que, de acordo com as últimas pesquisas, não sabe nem mesmo porque indica remédios para seus pacientes[1]
 
            Hoje a aromaterapia é um movimento muito ativo na França (e poderia ser também no Brasil!), comumente praticada por médicos, e os óleos essenciais podem ser encontrados em qualquer loja de alimentos naturais e na maioria das farmácias. O seguro-saúde do governo francês financia as despesas! 

Finalizando, façam suas próprias reflexões e analisem por que nós, brasileiros, não temos esse tipo de incentivo e nem sequer discussões sobre essa terapia nem acesso à rede de saúde?!


OBS: É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DESTE MATERIAL, DESDE QUE CITADA A FONTE. GRATA.

[1] Publicado no Jornal O Globo de 12/11/2010

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