domingo, 5 de dezembro de 2010

AROMATERAPIA: UMA TERAPIA DE NÍVEIS MÚLTIPLOS

A pesquisa científica e a aromaterapia moderna

            Conforme citado no capítulo anterior, a aromaterapia nasceu na virada do século XX, com os trabalhos desenvolvidos pelo químico francês, R. M. Gattefosse.  Cientistas e terapeutas de lugares diferentes dedicaram-se ao seu estudo.  A maior parte dessas pesquisas, que receberam forte influência da ideologia científica vigente, discorre quase que exclusivamente sobre os poderes antisséticos e antibiótico dos óleos essenciais e suas propriedades alopáticas.

            Somente no início da década de 80, porém, os trabalhos desenvolvidos por cientistas na Universidade de Yale e professores da Universidade de Warwick, na Inglaterra, permitiram entender e conhecer melhor o mecanismo do olfato, abrindo novos e fascinantes caminhos de pesquisa e experimentação no campo da aromaterapia.

O poder antissético dos óleos essenciais

            Depois de Pasteur, os agentes externos (micróbios, germes, vírus) passaram a ser os culpados por qualquer doença.  Nesse contexto, era natural que os primeiros estudos dos óleos essenciais visassem encontrar suas propriedades antisséticas.  Em 1887, foram estudadas as ações dos óleos essenciais de orégano, da canela e dos botões de cravo.  

            Apesar de todas as suas imperfeições e limitações, vários métodos de análise do poder germicida dos óleos essenciais deram validade científica à aromaterapia.  Hoje em dia, nós entendemos melhor a ação das essências sobre os microorganismos: elas inibem alguma das suas funções metabólicas, como o crescimento e a multiplicação, e acabam por destruí-los.

O poder das substâncias naturais

            O verdadeiro interesse dos óleos essenciais para a medicina está na sua ação in loco. Se pudessem ser facilmente substituídos por produtos sintéticos em seus usos antisséticos, estes sempre causariam reações adversas em sua interação com o organismo, mesmo tratando-se de reproduções químicas de componentes naturalmente presentes nos óleos essenciais.

            Os óleos essenciais têm centenas de componentes químicos, a maioria em quantidades muito pequenas. Sabemos que alguns elementos traços são fundamentais para a vida. Da mesma forma, o poder dos produtos naturais está na combinação de seus elementos, e esses são, no mínimo, tão importantes quanto aqueles encontrados em maior quantidade. Não existe recriação sintética que consiga reproduzir com perfeição um produto natural. Daí a importância de utilizar sempre óleos essenciais extraídos da natureza.

OBS: É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DESTE MATERIAL, DESDE QUE CITADA A FONTE. GRATA.

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